Marechal Rondon (1865-1958) foi militar e sertanista brasileiro. Foi o idealizador do Parque Nacional do Xingu e Diretor do Serviço de Proteção ao Índio. Ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro em 1881 e depois foi transferido para a Escola Superior de Guerra. Ficou na Escola Militar até 8 de janeiro de 1890, quando foi graduado ao posto de capitão-engenheiro. Ingressou na Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, partindo do Rio de Janeiro até Cuiabá, posteriormente de Cuiabá ao Acre. Atravessou o sertão desconhecido, na maior parte habitado por índios bororos, caiamos, terenas e guaicuru. Abriu estradas, expandiu o telégrafo e ajudou a demarcar as terras indígenas.
Marechal Rondon (1865-1958) nasceu no dia 5 de maio, em Mimoso, hoje Santo Antonio de Leverger, Mato Grosso. Filho de Cândido Mariano e Claudina Lucas Evangelista, esta descendente de índios Bororos. Ficou órfão ainda criança e foi criado por um tio, que era Capitão da Guarda Nacional. Por insistência do tio, foi estudar em Cuiabá na Escola Mestre Cruz e no ano seguinte na Escola Pública Professor João B. de Albuquerque. Em 1879 entrou para o liceu Cuiabano e em 1881 formou-se professor.
Em 1881 foi para a Escola Militar no Rio de Janeiro. Com autorização do Ministério da Guerra, Cândido Mariano da Silva incorporou o nome Rondon, em homenagem ao tio que lhe criou, Manuel Rodrigues da Silva Rondon. Nesse mesmo ano o Governo Imperial cria a Escola Superior de Guerra, para onde Rondon é transferido.
Marechal Rondon foi indicado componente da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas, para explorar os sertões do Mato Grosso, no ano de 1892. Casou-se no dia 1 de fevereiro e partiu para Cuiabá com a esposa. Rondon passou a cuidar dos direitos dos índios. Sua tese era esta: "Matar nunca, morrer se necessário". Em 1906 o Presidente Afonso Pena o encarregou de ligar Cuiabá ao Acre, que havia sido incorporado ao País, fechando o circuito telegráfico nacional. Em 1907 descobriu o rio Jurema.
Efetuou uma expedição às margens do Amazonas junto com Teodore Roosevelt no ano de 1913. Tinha como objetivos obter material para o Museu de História Natural de Nova York e de fixar com maior precisão certos detalhes geográficos, além de definir o traçado definitivo do rio Roosevelt. Do ano de 1927 a 1930, foi responsável por inspecionar as fronteiras do Brasil, do Oiapoque até a divisa da Argentina com o Uruguai.
Criou o Serviço Nacional de Proteção ao Índio e foi elogiado em 1913 pelo Congresso das Raças em Londres, ressaltando que a obra de Rondon deveria ser imitada para honra da Civilização Mundial. Recebeu o título de Civilizador do Sertão, no ano de 1939 pelo IBGE, pelo trabalho realizado junto aos índios. Foi considerado grande chefe pelos índios silvícolas, e pelos civilizados Marechal de Paz. No ano de 1956 Rondon recebeu uma grande homenagem, foi dado ao Território do Guaporé o seu nome, que hoje é denominado Estado de Rondônia.
Cândido Mariano da Silva Rondon morreu no dia 19 de janeiro de 1958, no Rio de Janeiro.
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